quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Balas que não Erram

FICHA TÉCNICA
Título original: No Name on the Bullet
Estados Unidos
colorido
Direção: Jack Arnold
Roteiro: Audie Murphy, Charlie Drake, Joan Evans, Virginia Grey, Warren Stevens
Duração: 77 minutos
Gênero: faroeste

Sinopse: John Grant (Audie Murphy) é um pistoleiro de aluguel que, enquanto ronda a sua presa, faz amizade com o médico da cidade.

Um dos poucos filmes estrelados por Audie Murphy em que ele faz papel de vilão. O ator, que ficou famoso por sua atuação como soldado na Segunda Guerra Mundial, geralmente reservava para ele os heróis.

E POR FALAR NISSO...

O bandido feito por Murphy tinha estilo. Debatia com seu amigo médico qual dos dois representava a melhor cura: o doutor que cura os maus ou ele, que elimina os maus. A canção tema, No Name on the Bullet, foi composta por Johnny Western.

Um comentário:

  1. Estou lendo, em um muito bom blog, um levantamento de toda a vida pessoal e cinematográfica deste simpático e muito querido ator.

    Um dia lhe perguntaram qual o melhor faroeste que havia feito (quase tudo que o Audie fez em sua carreira foi fitas de faroeste). E ele respondeu que não sabia destinguir, já que, para ele, todos os filmes que fez foram iguais.

    Mas não foi.
    Para nós cinéfilos e fãs do ator, podemos muito bem distinguir, dentre
    sua filmografia, alguns de seus filmes mais expressivos, como O Passado Não Perdoa (seu melhor papel e melhor interpretação na carreira, assim vejo) e Balas Que Não Erram.

    O filme de Jack Arnold consegue a proeza de criar uma atmosfera tão densa e diferente no seu decorrer, que considero estes é um dos trabalhos do ator Murphy que muitos poucos fãs seus conseguem esquecer este titulo.

    Mesmo com sua qualidade mediana como interprete, o Audie consegue deixar no ar um estranho e anormal suspense para um filme do gênero.

    A fita corre do inicio ao fim muito carregada de surpresas, com instantes surpreendentes para quem o assiste, assim como o peso do filme deixa o ambiente com um ar sufocante e até agonizante.

    A chegada àquele povoado daquele pistoleiro, cujo nome indicava sempre morte certa para alguém do local onde chegasse, deixa em polvorosa pessoas que carregavam consciências pesadas de erros cometidos no decorrer da vida.

    E o desfeche final é surpreendente, não apenas pelo seu aspecto anormal, mas o rumo que o desenlace toma, quase nunca esperada pelos espectadores em fitas do gênero.

    Pois este é um dos filmes marcantes e diferentes do Audie, que o mesmo o considera um similar de todos os demais que fez, mas que não o é, literalmente.

    jurandir_lima@bol.com.br

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